Não está em causa o convite. Passos Coelho prometeu "chamar" ao projecto governativo do PSD personalidades de relevância da Sociedade Civil, personalidades credíveis, com créditos e prestígio fora da vida politico-partidária.
Nesse capitulo, Fernando Nobre cumpre os requisitos, convenhamos.
É aliás uma teoria que advogo, a Politica e os destinos de um país não devem estar entregues aos aparelhos partidários, aos Lobbystas, aos Boys, aos "cães de fila". Ninguém deve ser Ministro "só" porque foi fiel ao líder, porque perteceu às "jotas" ou porque se relacionou com as pessoas certas, nos momentos certos.
Os lugares devem ser entregues aos competentes, aos gestores de sucesso, às personalidades relevantes e com provas dadas nos diversos sectores da sociedade, etc. Neste sentido, acredito até que Fernando Nobre pudesse ser um bom Ministro da Saúde ou da Solidariedade Social, ou assumir um cargo de responsabilidade na ligação entre o Estado e as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) que são tão importantes no equilíbrio e na sustentabilidade social de um país.
Não acho sequer que fosse um bom Presidente da República - por isso não votei nele.
O que me choca não é, portanto, o convite do PSD. O que me choca é a TOTAL DESCREDIBILIZAÇÃO a se sujeita o Dr. Nobre ao aceitar o convite!
"Partido Politico Nem Pensar, Nunca", foi a frase com que Fernando Nobre brindou os espectadores da SIC Notícias há pouco tempo atrás:
e mais, em 2005 - foi assim há tanto tempo?? Foi orgulhosamente mandatário do Bloco de Esquerda, segundo ele, porque:
"as ideias que defende o Bloco de Esquerda, são as ideias que eu tenho defendido, nos meus livros, nos meus editoriais, nas minhas conferências, nos meus protestos, nos meus gritos..."!
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